ouço-te a falar das tuas antigas amantes
sentindo minha alma ciumenta
singrar em oceanos de perigo eminente
o equilíbrio pendendo para o desfiladeiro
a boca que seca e o peito que ofega
vetando o cérebro de todo oxigênio
o medo e a curiosidade travam um duelo
como se quisesse provar veneno
quase morrer para se tornar imune
em pequenas doses, em fatos narrados
descrevendo sua pele rasgada de tanto desejo
inunda todos os porões do meu pensamento
e afoga-me num passado que não é meu
e eu percebo que prefiro a inocência do desconhecimento
que te quero descobrir pelas minhas lentes
e eu percebo que prefiro a inocência do desconhecimento
que te quero descobrir pelas minhas lentes
nos escrever, sem usar os rascunhos de ninguém
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