ela quase se esconde atrás dos livros
preenchendo vazios com sonhos alheios
emaranhando memórias e fantasias
perdendo a verdade de vista
que se esbate feito um barco que veleja
e um dia, quando se lembra de levantar os olhos
procura com pressa um espelho almejando
encontrar o mesmo esquecimento
do tempo que não passa nos livros
o mesmo frescor que faz da bela, sempre donzela
talvez o fosse, intemporal, como os poemas
se das tuas veias jorrasse o nanquim, quando te magoas
e perfume dos teus olhos, quando te emocionas
em grande ilusão nos vendam as palavras
se notar, ser imortal, é nunca viver
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