É chuva de verão
que inunda o mundo num repente
alterando o cenário emoldurado pela janela
que faz reviver todas as células
sedentas desta água benta
quisera chover eternamente
encher lagoas e construir oásis
mas é chuva tão passageira
mal chega a refrescar a pele
antes a deixa mais com sede
e nos tempos de seca, que saudade
imaginar as gotas dedilhando a carne
magistralmente como Ludovico Einaudi
não sei como pode ficar assim na memória
o que para alguém nem sequer teve nome
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