segunda-feira, 30 de março de 2015

Até quando fênix?

 
você diz um querer
mas tropeça nas tuas vontades
à luz deixa aquecer os teus olhos
mas nas sombras oculta vícios teus
 
na ponta da língua nascem muitos versos
nos atos, simplesmente o inverso
sopra o vento do norte, anuncia o céu
sopra o vento do sul, o inferno que vem
 
e eu ando com o meu coração
de um lado a outro, procurando repouso
vivendo um dia de cada vez
morrendo e renascendo quantas vezes puder
 
 

terça-feira, 10 de março de 2015

Sobre os amores que não são


É chuva de verão
que inunda o mundo num repente
alterando o cenário emoldurado pela janela
que faz reviver todas as células
sedentas desta água benta

quisera chover eternamente
encher lagoas e construir oásis
mas é chuva tão passageira
mal chega a refrescar a pele
antes a deixa mais com sede

e nos tempos de seca, que saudade
imaginar as gotas dedilhando a carne
magistralmente como Ludovico Einaudi
não sei como pode ficar assim na memória
o que para alguém nem sequer teve nome