se paro para pensar
eu ainda não acredito
se paro para imaginar
como não teria sido
se teu gesto malandro
me fosse negado
mas no teu desatino, confesso
perdi-me por completo
nas portas do paraíso
nos teus lábios infernais
famintos de poesia viva
que vivia nos meus
a espera de um dia
morrer num beijo como o teu
traga-me num único gole
como faz com estas linhas
como fez com o vinho
que nos tornou lascivos
naquela noite em que tua
me tornei
deixe-me entrar e te embriagar
dos versos que não escrevo
a mais ninguém
Versos que incendeiam
ResponderEliminar