existem tantos portais entre os mundos
eu digo a verdade, você diz jamais
eu cochilo nos seus ombros, você me observa
não entende porque colho as flores antes da chuva
e deixo os vestidos secos ensoparem no varal
eu falo sozinha com o espelho, você usa armaduras
não diz o que sente, eu sou inconveniente
não quero guardar os meus amores dentro do peito
nem quero deixar crescer as raízes sob os meus pés
sentir que pertenço às essas paredes sem teto
não diz o que sente, eu sou inconveniente
não quero guardar os meus amores dentro do peito
nem quero deixar crescer as raízes sob os meus pés
sentir que pertenço às essas paredes sem teto
eu abro a porta para quem me chama
não sabe o meu nome, mas me trata por dona
me encanta tudo que é simples, descomplicado
a conversa fiada ao amanhecer, olhar para o céu
prever o tempo à toa, ser feliz, faça chuva ou faça sol
não sabe o meu nome, mas me trata por dona
me encanta tudo que é simples, descomplicado
a conversa fiada ao amanhecer, olhar para o céu
prever o tempo à toa, ser feliz, faça chuva ou faça sol
você vive preso à sua realidade, crua, fria
eu viajo todos os dias, atravesso os portais
beijo quem eu amo, dentro de mim mesma
sem sair do seu lado, eu já vivo do outro lado do mar
eu viajo todos os dias, atravesso os portais
beijo quem eu amo, dentro de mim mesma
sem sair do seu lado, eu já vivo do outro lado do mar
Eliane Barreto